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segunda-feira, julho 17, 2006

Uma história através dos blogs

Não é inédito, mas porque não experimentar.
Convido os leitores dos blogs a participar numa história, a Boa Memória dará inicio a um enredo e quem estiver interressado em participar é só escrever nos comentários, como continuava a história.
Se todos participarem um pouco com a sua imaginação até podemos fazer algo engraçado.
Mas atenção sem provocações ou anónimos destabilizadores!

"A Joana sai apressada de sua casa, depois de ter lido os seus e-mails.
Sua mãe ainda lhe pergunta onde vai, mas ela não responde.
Mãe: que estranho, o que se passa com aquela rapariga?
Pai: no meu tempo não se saía de casa sem informar os pais para onde se ia. Agora estamos no século da rebaldaria, cada um faz o que quer e não tem respeito por ninguém, nem pelos pais.
Mãe: não sejas tão duro, com a Joana ela nunca nos deu problemas e tu sabes disso, sempre foi uma menina exemplar.
Entretanto Joana, correu em direcção do Bar dos Canários, e ficou perplexa quando entrou..."

2 comentários:

Anónimo disse...

(...continuação)
O Bar dos Canários era assim chamado por pertencer a dois irmãos que possuíam aquele apelido e que tinham resolvido perpetuar os seus nomes pelo menos enquanto fossem vivos e explorassem aquele espaço. Era uma ampla sala rectangular com mesas dispostas de modo a que o mesmo se tornasse acolhedor. Era frequentado por várias classes etárias e a simpatia dos seus proprietários fazia com que muita juventude por ali passasse, ora para fazer umas revisões apressadas antes de um qualquer teste, ora para passar um bocado conversando e descontraindo das dificuldades da vida. O Manuel, o Canário mais velho, tinha sempre um dito apropriado, uma piada ou anedota certa para desanuviar algum espírito mais carregado que por ali aparecesse. O José, que poderemos apelidar de Canário mais novo, tinha uma compleição física algo avantajada que já lhe advinha dos tempos da tropa quando tinha ingressado nos Comandos da Amadora, “de boa memória”, como ele próprio fazia questão de frisar sempre que se referia a esses tempos de tropa. Mas não lhe olhem para o corpo porque aquilo é a paz em pessoa. Nunca se viu levantar a voz para ninguém e o respeito que a sua estatura impõe – nunca se sabe quando poderá um dia perder as estribeiras... – leva a que jamais tenha havido um desacato no seu bar. Quando algum cliente começa a ficar com “um grãozinho na asa” como se costuma dizer, é aconselhado a abandonar o local para que não se possa criar alguma situação de conflito. Em tempos existiu mesmo junto ao balcão de madeira de mogno um azulejo que dizia: “O camelo é o animal que se aguenta mais tempo sem beber. Não sejas camelo!”. Tinha sido oferta de um velhote que o vira na Feira de Alter, tinha achado graça e que o ofereceu para o Bar. Esteve lá pendurado num prego de aço durante um mês. Para não fazerem desfeita ao ofertante ficou lá exposto, mas depois, porque ali não se ia para se emborracharem mas para conviverem, o nosso já conhecido José Canário, assim a modos que como quem não quer a coisa, deu-lhe um toque com o ombro e o mesmo fez-se em mil pedaços. Quando o cliente ofertante por lá passou, pediu-lhe desculpa pelo sucedido ao que aquele retorquiu que quando visse outro igual lho compraria. Felizmente para os manos Canários que até à data desta narração tal ainda não aconteceu.
Numa mesa, logo à entrada, encontram-se sempre alguns jornais ou revistas do dia e num armário encostado à parede, do lado esquerdo de quem entra, existe uma pequena biblioteca que tem sido formada com ofertas que diversos clientes lhe têm feito. Todos podem ler os livros mas como uma única condição: não podem ser levados para casa. São lidos sempre dentro do Bar. Cada um toma nota da página em que termina em determinado dia e depois arruma-o no mesmo local de onde o retirou e volta a ir buscá-lo quando achar por conveniente.
À hora que Joana chegou ao Bar dos Canários os clientes eram poucos pois que ainda era cedo para os viciados no café se irem por ali juntando e muito mais cedo ainda para se formarem as tertúlias do costume e que eram mais frequentes da parte da tarde. Mas os propósitos que levavam Joana àquela hora e àquele Bar, isso ela sabia-o bem. Em cima da mesa dos jornais, o “Correio da Manhã” anunciava: falta um milhão de selos para os carros. Joana olhou para o balcão e petrificou...
(...continua)

Anónimo disse...

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